A OCUPAÇÃO (2019), DE JULIÁN FUKS: UMA PROSA POÉTICA DE CORPOS EM EXÍLIO
Resumo
Resumo: Julián Fuks, mais uma vez na pele do narrador Sebastián, tido seu alter-ego, permite que sua escrita, que transita entre o real e o ficcional, seja ocupada por vozes de sujeitos refugiados e exilados. O objetivo desta análise é um olhar ao trabalho com os corpos destes sujeitos no romance A Ocupação (2019), tendo em vista que, por meio de uma prosa poética e, sobretudo, de uma construção metonímica, corpos marginalizados experienciam o exílio, o refúgio. Guiando-nos pelo o que Fuks chama de uma literatura de ocupação e também pelos pensamentos sobre o exílio de Edward Said (2003) e Jean Luc Nancy (2001), esta reflexão concluirá que os corpos que ocupam a escrita do autor são também ocupados por uma sede de luta e resistência às injustiças e desigualdades, e enfrentam, o que Mia Couto, mentor de Julián Fuks na residência no Hotel Cambridge pelo Programa Mentors & Protégé, chamou, na carta inclusa no romance, de a “miséria moral e a imbecilidade quotidiana dos mandantes do dia”.
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Referências
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