Considerações sobre a leitura de “Conto barroco ou unidade tripartita”, de Osman Lins

Emanuelle Alves Adacheski

Resumo


O presente trabalho debruça-se sobre “Conto barroco ou unidade tripartita”, de Osman Lins, sob a perspectiva das teorias da recepção. Acionando teóricos que descrevem o processo da leitura, buscamos explorar quais atividades o texto osmaniano demanda do leitor, uma vez que se trata de construção minuciosa, cheia de indeterminações e de elementos insólitos que afetam o processo de construção do sentido. Defendemos, então, que o conto tematiza o leitor enquanto ser ético e o faz ao programar um leitor-modelo que precisa mobilizar seus valores e fazer escolhas conscientes na própria experiência estética.


Palavras-chave


Leitura; Osman Lins; Teorias da Recepção.

Texto completo:

PDF

Referências


BARTHES, Roland. O império dos signos. Trad. Leyla Perrone-Moisés. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

_____. O prazer do texto. Trad. J. Guinsburg. São Paulo: Perspectiva, 2013.

EAGLETON, Terry. A ideia de cultura. São Paulo: UNESP, 2005.

ECO, Umberto. Seis passeios no bosque da ficção. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

¬¬¬¬

_____. O texto estético como exemplo de invenção. In: ¬¬_____. Tratado geral de semiótica. Trad. Antonio de Pádua Danesi e Gilson César Cardoso de Souza. Paulo Bezerra. 4. Ed. São Paulo: Perspectiva, 2009, p. 222-233.

HANSEN, José Adolfo. Barroco, neobarroco e outras ruínas. Destiempos.com. México, Distrito Federal, v. 3, n. 14, p. 169-215, Março-Abril 2008.

ISER, Wolfgang. A Interação entre Texto e Leitor. In: O ato da leitura: uma teoria do efeito estético. Vol. 2. Trad. Johannes Kretschmer. São Paulo: Editora 34, 1999, p. 95-198.

JAUSS, Hans Robert. O prazer estético e as experiências fundamentais da Poiesis, Aisthesis e Katharsis. In: A literatura e o leitor: textos de estética da recepção. 2. ed. São Paulo: Paz e terra, 2002, p. 63-82.

JOUVE, Vincent. A leitura. Trad. Brigitte Hervor. São Paulo: UNESP, 2002.

LINS, Osman. Conto barroco ou unidade tripartita. In: Nove, novena. São Paulo: Melhoramentos, 1975, p. 139-161.

_____. Marinheiro de primeira viagem. São Paulo: Summus, 1980.

_____. Os deuses nada arriscam. In: Evangelho na taba: novos problemas inculturais brasileiros. São Paulo: Summus, 1979a, p. 129-132.

_____. O visitante. São Paulo: Summus, 1979b.

MANGUEL, Alberto. O espectador comum: a imagem como narrativa. In: ¬_____. Lendo imagens. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

NITRINI, Sandra. Poéticas em confronto: Nove, novena e o Novo Romance. São Paulo: HUCITEC; Brasília: INL, Fundação Nacional Pró-Memória, 1987.

YUNES, Eliana. Dados para uma história da leitura e da escrita. In: _____ (org.). Pensar a leitura: complexidade. São Paulo: Loyola, 2002a, p. 52-59.

¬¬

_____. Entre a palavra e a ação: o leitor e a ética. In: _____ (org.). Pensar a leitura: complexidade. São Paulo: Loyola, 2002b, p. 164-168.

_____. Função do leitor: a construção da singularidade. In: _____ (org.). Pensar a leitura: complexidade. São Paulo: Loyola, 2002c, p. 114-119.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.


A Revista Clarabóia está cadastrada nos diretórios e indexada nas bases que seguem:

DOAJ  Latindex IBICT  DIADORIM  ERIHPLUS Redib MIAR WorldCat CiteFactor MLA

Licença Creative Commons
Revista Claraboia está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://uenp.edu.br/claraboia