ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL COMO UM QUATÉRNIO PARA SIGNIFICAÇÕES: POSSIBILIDADES PARA ANÁLISE DE VÍDEO
Resumo
Neste texto são explorados aspectos acerca do conceito de zona de desenvolvimento proximal (ZDP). Inicialmente, apresenta-se uma visão geral sobre a perspectiva sociocultural dos processos psicológicos. Em seguida, discute-se algumas definições de ZDP e problemáticas envolvendo traduções de textos que apresentam essas definições. Nesse contexto, são enfatizados o modo como são tratados os verbetes atual, real e potencial e um quadro teórico denominado quatérnio ontológico. Esse quatérnio é um modo de se conceber as relações envolvendo o possível, o real, o atual e o virtual. Essa perspectiva é utilizada para produzir significados sobre um arquivo em formato de vídeo digital. Especificamente, analisamos uma cena de um episódio da série Jornadas nas Estrelas, na qual o comandante Data cria os hologramas de Newton, Einstein e Hawking para uma partida de poker. O modelo ora proposto poderá servir como base para análise de diálogos (registrados digitalmente) ocorridos em ambientes educacionais. Este texto, portanto, explicita olhar alternativo ao conceito de ZDP e possibilidade analítica para a produção de significados sobre informações contidas em textos filmográficos.
Texto completo:
PDFReferências
ANDERY, M.A. et al. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. São Paulo: Educ, 1996.
BICUDO, M. A. V.; ROSA, M. Realidade e Cibermundo: Horizontes filosóficos e educacionais antevistos. Canoas, RS: Editora ULBRA, 2010.
BILOTI, R. Espaços Métricos & Fractais IFS: Uma introdução expressa. Disponível em , 2006. Acesso em 02 de jul. de 2020.
CHAIKLIN, S. The Zone of Proximal Development in Vygotsky’s Analysis of Learning and Instruction. In: KOZULIN, A., GINDIS, B., AGEYEV, V., MILLER, S. (Eds.) Vygotsky’s Educational Theory and Practice in Cultural Context. Cambridge: Cambridge University Presents, 2003, p. 39-64.
COBB, P. Where is the mind? Constructivist and sociocultural perspectives on mathematical development. Educational Researcher, v. 23, n.7, p. 13-20, oct. 1994.
COLE, M. The Zone of Proximal Development: where culture and cognition create each other. In: WERTSCH. J. V. (Org.) Culture Communication and Cognition. Cambridge: Cambridge University Press, 1985, p. 146-161.
DESCENT (Temporada 6, ep. 26). Star Trek: The New Generation [Seriado]. Direção: Alexander Singer. EUA: Paramount Domestic Television, 1993. Disponível em: . Acesso em: 20 mai. 2018.
DELARI JUNIOR, A.; PASSOS, I. V. B. Alguns sentidos da palavra “Perejivanie” em L. S. Vigotski: notas para estudo futuro junto a psicologia russa. Disponível em: https://www.yumpu.com/pt/document/read/13825608/alguns-sentidos-da-palavra-perejivanie-vigotski-brasil, 2009. Acesso em 02 de jul. de 2020.
DELARI JUNIOR, A. Blog Vigotiski Brasil, 2010. Disponível em: http://vigotskibrasil.blogspot.com/2010/02/zona-de-desenvolvimento-o-que.html. Acesso em 8 de ago. de 2012.
DELARI JUNIOR, A. Deixar de dizer “proximal” para dizer “iminente”? Contestação a um formalismo verbalista. In: Estação Mir – arquivos digitais, 2020.
EUN, B.; KNOTEK S. E.; HEINING-BOYNTON, A. L. Reconceptualizing the Zone of Proximal Development: The Importance of the Third Voice. Educational Psychology Review. v. 20, p.133–147, jun. 2008.
GINZBURG, C. Relações de força: história, retórica, prova. Trad. Jônatas B. Neto. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
GINZBURG, C. Olhos de madeira: nove reflexões sobre a distância. Trad. Eduardo Brandão. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
GINZBURG, C. O fio e os rastros: verdadeiro, falso, fictício. Trad. Rosa F. D’Aguiar e Eduardo Brandão. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
LEIVAS, J. C. P. Geometria Euclidiana e do Taxi: um problema concreto e os Registros de Representações Semióticas. REMAT, v.16, n. 22, p. 252-259. mai./ago. 2019.
LERMAN, S. The socio-cultural turn in studying the teaching and learning of mathematics. In: FUJITA, H.; HASHIMOTO, Y.; HODGSON, B.; LEE, P. Y.; LERMAN, S.; T. SAWADA, T. (Org.). Proceedings of the Ninth International Congress on Mathematical Education. Tokyo: Kluwer, 2000. pp. 157-158.
LÉVY, P. O Que é o Virtual? São Paulo: Editora 34, 1996.
LÉVY, P. Collective Intelligence. New York: Plenum, 1997.
LÉVY, P. Becoming Virtual: Reality in the Digital Age. Plenum Trade, 1998.
LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 2000.
LYOTARD, J-F. A condição pós-moderna. 10ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2008.
POLMAN, J. L; PEA, R.D. Transformative Communication as a Cultural Tool for Guiding Inquiry Science. Science Education. v. 85, n. 3, p. 223-238, 2001.
PRECESSION. In: Dictionary.com, 02 jul. 2020. Disponível em . Acesso em 2 jul. 2020.
SANTOS, J. C. Introdução à Topologia. Portugal: Universidade do Porto, 2017. Disponível em: . Acesso em 2 jul. de 2020.
VYGOTSKY, L. S. Mind and Society: The development of higher psychological processes. Cambridge, MA: Harvard University Press, 1978.
VYGOTSKY, L. S. (1934). Pensamiento y lenguaje. Conferencias sobre Psicología. Obras Escogidas II. Madrid: Visor, 1993.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
WERTSCH, J. V. Culture Communication and Cognition. Cambridge University Press, 1985.
ZACK, V.; GRAVES, B. Making mathematical meaning through dialogue. Educational Studies in Mathematics. v. 46, n. 1, p. 229-271, 2002.
Apontamentos
- Não há apontamentos.





Revista Reppe está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://uenp.edu.br/reppe
Revista de Produtos Educacionais e Pesquisas em Ensino - REPPE
ISSN: 2526-9542