ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL COMO UM QUATÉRNIO PARA SIGNIFICAÇÕES: POSSIBILIDADES PARA ANÁLISE DE VÍDEO

Ricardo Scucuglia Rodrigues da Silva, Humberto Perinelli Neto, Edilson Moreira de Oliveira

Resumo


Neste texto são explorados aspectos acerca do conceito de zona de desenvolvimento proximal (ZDP). Inicialmente, apresenta-se uma visão geral sobre a perspectiva sociocultural dos processos psicológicos. Em seguida, discute-se algumas definições de ZDP e problemáticas envolvendo traduções de textos que apresentam essas definições. Nesse contexto, são enfatizados o modo como são tratados os verbetes atual, real e potencial e um quadro teórico denominado quatérnio ontológico. Esse quatérnio é um modo de se conceber as relações envolvendo o possível, o real, o atual e o virtual. Essa perspectiva é utilizada para produzir significados sobre um arquivo em formato de vídeo digital. Especificamente, analisamos uma cena de um episódio da série Jornadas nas Estrelas, na qual o comandante Data cria os hologramas de Newton, Einstein e Hawking para uma partida de poker. O modelo ora proposto poderá servir como base para análise de diálogos (registrados digitalmente) ocorridos em ambientes educacionais. Este texto, portanto, explicita olhar alternativo ao conceito de ZDP e possibilidade analítica para a produção de significados sobre informações contidas em textos filmográficos.


Texto completo:

PDF

Referências


ANDERY, M.A. et al. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. São Paulo: Educ, 1996.

BICUDO, M. A. V.; ROSA, M. Realidade e Cibermundo: Horizontes filosóficos e educacionais antevistos. Canoas, RS: Editora ULBRA, 2010.

BILOTI, R. Espaços Métricos & Fractais IFS: Uma introdução expressa. Disponível em , 2006. Acesso em 02 de jul. de 2020.

CHAIKLIN, S. The Zone of Proximal Development in Vygotsky’s Analysis of Learning and Instruction. In: KOZULIN, A., GINDIS, B., AGEYEV, V., MILLER, S. (Eds.) Vygotsky’s Educational Theory and Practice in Cultural Context. Cambridge: Cambridge University Presents, 2003, p. 39-64.

COBB, P. Where is the mind? Constructivist and sociocultural perspectives on mathematical development. Educational Researcher, v. 23, n.7, p. 13-20, oct. 1994.

COLE, M. The Zone of Proximal Development: where culture and cognition create each other. In: WERTSCH. J. V. (Org.) Culture Communication and Cognition. Cambridge: Cambridge University Press, 1985, p. 146-161.

DESCENT (Temporada 6, ep. 26). Star Trek: The New Generation [Seriado]. Direção: Alexander Singer. EUA: Paramount Domestic Television, 1993. Disponível em: . Acesso em: 20 mai. 2018.

DELARI JUNIOR, A.; PASSOS, I. V. B. Alguns sentidos da palavra “Perejivanie” em L. S. Vigotski: notas para estudo futuro junto a psicologia russa. Disponível em: https://www.yumpu.com/pt/document/read/13825608/alguns-sentidos-da-palavra-perejivanie-vigotski-brasil, 2009. Acesso em 02 de jul. de 2020.

DELARI JUNIOR, A. Blog Vigotiski Brasil, 2010. Disponível em: http://vigotskibrasil.blogspot.com/2010/02/zona-de-desenvolvimento-o-que.html. Acesso em 8 de ago. de 2012.

DELARI JUNIOR, A. Deixar de dizer “proximal” para dizer “iminente”? Contestação a um formalismo verbalista. In: Estação Mir – arquivos digitais, 2020.

EUN, B.; KNOTEK S. E.; HEINING-BOYNTON, A. L. Reconceptualizing the Zone of Proximal Development: The Importance of the Third Voice. Educational Psychology Review. v. 20, p.133–147, jun. 2008.

GINZBURG, C. Relações de força: história, retórica, prova. Trad. Jônatas B. Neto. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

GINZBURG, C. Olhos de madeira: nove reflexões sobre a distância. Trad. Eduardo Brandão. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

GINZBURG, C. O fio e os rastros: verdadeiro, falso, fictício. Trad. Rosa F. D’Aguiar e Eduardo Brandão. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

LEIVAS, J. C. P. Geometria Euclidiana e do Taxi: um problema concreto e os Registros de Representações Semióticas. REMAT, v.16, n. 22, p. 252-259. mai./ago. 2019.

LERMAN, S. The socio-cultural turn in studying the teaching and learning of mathematics. In: FUJITA, H.; HASHIMOTO, Y.; HODGSON, B.; LEE, P. Y.; LERMAN, S.; T. SAWADA, T. (Org.). Proceedings of the Ninth International Congress on Mathematical Education. Tokyo: Kluwer, 2000. pp. 157-158.

LÉVY, P. O Que é o Virtual? São Paulo: Editora 34, 1996.

LÉVY, P. Collective Intelligence. New York: Plenum, 1997.

LÉVY, P. Becoming Virtual: Reality in the Digital Age. Plenum Trade, 1998.

LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 2000.

LYOTARD, J-F. A condição pós-moderna. 10ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2008.

POLMAN, J. L; PEA, R.D. Transformative Communication as a Cultural Tool for Guiding Inquiry Science. Science Education. v. 85, n. 3, p. 223-238, 2001.

PRECESSION. In: Dictionary.com, 02 jul. 2020. Disponível em . Acesso em 2 jul. 2020.

SANTOS, J. C. Introdução à Topologia. Portugal: Universidade do Porto, 2017. Disponível em: . Acesso em 2 jul. de 2020.

VYGOTSKY, L. S. Mind and Society: The development of higher psychological processes. Cambridge, MA: Harvard University Press, 1978.

VYGOTSKY, L. S. (1934). Pensamiento y lenguaje. Conferencias sobre Psicología. Obras Escogidas II. Madrid: Visor, 1993.

VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

WERTSCH, J. V. Culture Communication and Cognition. Cambridge University Press, 1985.

ZACK, V.; GRAVES, B. Making mathematical meaning through dialogue. Educational Studies in Mathematics. v. 46, n. 1, p. 229-271, 2002.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.


A Revista REPPE está cadastrada nos diretórios e indexada nas bases que seguem: 
DOAJ DIADORIM  Google Acadêmico    Latindex Sumarios

Licença Creative Commons
Revista Reppe está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://uenp.edu.br/reppe

 

Revista de Produtos Educacionais e Pesquisas em Ensino - REPPE
ISSN: 2526-9542