Inflexão na poética de Orides Fontela

Autores

  • Wanderley Corino Nunes Filho Universidade de São Paulo/Mestrando

Palavras-chave:

Poesia brasileira, Poesia contemporânea, Orides Fontela, Rosácea, Teia

Resumo

O presente estudo tem como objetivo analisar a inflexão na escrita de Orides Fontela que compreende os dois últimos livros de inéditos, a saber, Rosácea, publicado em 1986 pela editora Roswitha Kempf, e Teia, publicado pela Geração Editorial em 1996. A escolha destes títulos justifica-se por duas premissas: a escassez de fortuna crítica que privilegie estas obras específicas da poeta, além da discordância da afirmação de que os livros seguintes à obra de estreia – Transposição – seriam de menor valor, conforme tem sido sinalizado por algumas leituras. Notamos que, de forma recorrente, os poemas de Rosácea e Teia remetem a um sujeito em trânsito. Paralelamente, observaremos o requinte no uso depurado das imagens que parecem suscitar uma apologia a questões metafísicas. Tal depuração exige cautela, dado o rigor estético com o qual as imagens são construídas. Assim, nosso intuito é observar como estas representações estão ancoradas no peso de uma matéria tangível. Destarte, é imperativo um novo exame acerca da constituição da obra de Orides a fim de compreender a sua heterogeneidade.

Biografia do Autor

Wanderley Corino Nunes Filho, Universidade de São Paulo/Mestrando

Desenvolve pesquisa de mestrado pela FFLCH USP acerca da poesia Orides Fontela sob orientação do Prof. Dr. Ivan Francisco Marques. É bolsista CAPES.

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Publicado

2017-04-28

Edição

Seção

Artigos