O OLHAR DO ESTUDANTE SOBRE O NOVO ENSINO MÉDIO

ANÁLISE DO DISCURSO DOS ESTUDANTES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO TOCANTINS NA PERSPECTIVA SEMIÓTICA

Autores

  • Ellyzandreia Alves de Sousa Universidade Federal do Norte do Tocantins
  • Rute Silva Santos Universidade Federal do Norte do Tocantins - UFNT

Resumo

O presente artigo propõe-se a fazer uma análise de um vídeo sobre o Novo Ensino Médio produzido por um grupo de alunos de uma escola estadual do Tocantins, durante as aulas da disciplina de língua portuguesa. O estudante como agente do saber, em sua prática diária em sala de aula, encontra-se muitas vezes sem entender as mudanças desse modelo de ensino que tem como discurso o protagonismo juvenil. Todavia, essa nova proposta de ensino, inserida sistematicamente em 2022, pauta-se em um modelo neoliberalista que transforma a escola em um agente ideológico a serviço da classe dominante. Há uma intencionalidade ao se manipular práticas educacionais atuais. Assim, apresentamos ao longo do texto o olhar do estudante do interior do estado, que mesmo diante de suas limitações frente ao lugar em que vivem, protestam sobre um ensino que para eles é trágico, sem qualquer sentido para o contexto no qual estão inseridos, revelando-nos quão frágeis são as suas interações com os professores e como constroem sentidos para essa experiência discursiva que perpassa pelos regimes da programação e da manipulação e conflitua o processo de aprendizagem.  Escolhemos como âncora teórico-metodológica para essa análise e discussão em torno do assunto a semiótica discursiva e trazemos como referências Landowski (2014), Soares e Silva (2017), Silva (2022) e Tatit (2010, 2019).

 

Palavras-chave: Sentido. Programação. Manipulação. Protesto. Aprendizagem.

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Publicado

2024-03-26