Dos palcos para os palcos: o teatro na canção. It's late (Queen), semiótica e intersemiótica
Palavras-chave:
Análise de textos, leitura comparada, transposiçãoResumo
Resumo: Embora acostumados aos primeiros lugares nas paradas de sucesso, é com esta canção - um lado B que não auferiu as posições habituais – que os membros do Queen nos chamam a atenção, brindando-nos com uma excelente oportunidade de uma análise sob a luz da semiótica e da tradução intersemiótica. It’s late afasta-se dos padrões tradicionais das composições, com uma letra que não se encaixa nos moldes costumeiros da poesia, mas que segue as seções de uma peça teatral, expondo o conflito cantado em atos e cenas. Dessa forma, a canção traduz as emoções e os acontecimentos “encenados” por meio de uma série de nuances de andamento, harmonia, vozes e efeitos de guitarra em seus mais de seis minutos de duração. Intentamos, com o presente estudo, compreender quais os signos distintivos que permitiram a transposição de um texto teatral para a linguagem musical, lançando mão, para isso, de vasta leitura abrangendo uma série de teóricos da “transmutação”, dentre os quais destacam-se Roman Jakobson (1969), Julio Plaza (2003) e Luiz Tatit (1997). Objetivamos, assim, contemplar os estudos da área com mais um exemplar, enriquecendo o repertório e possivelmente contribuindo com alguns esclarecimentos para as futuras produções daqueles que se interessam pela semiótica e disciplinas correlatas.
Palavras-chave: It’s late. Linguagem teatral. Linguagem musical. Semiótica. Tradução intersemiótica.