Mulheres difamadas: segregação feminina entre católicos e puritanos no séc. XIX

Autores/as

  • Luís André Nepomuceno Centro Universitário de Patos de Minas
  • Lara Portilho Pereira Centro Universitário de Patos de Minas

Palabras clave:

Intolerância Religiosa. Romantismo. Mulher e Sociedade. Literatura e História.

Resumen

O papel atribuído à mulher no corpo social moderno modificou-se através dos séculos, mas a figura feminina ainda sofre com o legado do sistema patriarcal. Assim sendo, este artigo procurou compreender a exclusão e a difamação da mulher em comunidades de católicos e puritanos nos romances Lucíola, de José de Alencar, e A Letra Escarlate, de Nathaniel Hawthorne, em meados do século XIX. A exclusão social de Lúcia e Hester Prynne, as heroínas dos romances em análise, é resultado de uma cruel estratégia de difamação pública e do padrão de normalidade idealizado por religiões extremistas ou moralistas daquele contexto. Católicos e puritanos revelam a hipocrisia existente em suas comunidades, dissimulando os vícios morais praticados pelos ícones do poder patriarcal, minimizando o papel da mulher e submetendo-a a uma espécie de controle da liberdade social e afetiva. Portanto, a desonra e a segregação dessas personagens ocorrem porque ambas tentam romper com os paradigmas estabelecidos. Para alcançar o propósito desta pesquisa, uma análise do corpus literário escolhido, uma revisão histórica das sociedades em análise, bem como uma breve consideração sobre o romantismo foram realizadas.

Biografía del autor/a

Luís André Nepomuceno, Centro Universitário de Patos de Minas

Doutor em Teoria e História Literária pela UNICAMP, com pós-doutoramento pela mesma instituição. Professor de Literatura do Centro Universitário de Patos de Minas, MG.

Lara Portilho Pereira, Centro Universitário de Patos de Minas

Docente do curso de Letras do Centro Universitário de Patos de Minas

Publicado

2018-11-22

Número

Sección

Artigos