Competências leitoras: uma análise da BNCC na busca pela educação literária
Resumo
O campo da educação literária compreende o processo de ensino-aprendizagem de literatura sempre vinculado à ideia da coerência com a sociedade que queremos construir e nossa participação ativa nessa construção, conforme sugere Cyana Leahy-Dios (2004). Pensando nisso, o propósito deste trabalho é refletir sobre os métodos utilizados por professores nas aulas de literatura a fim de destacar a busca pela educação literária em meio ao atual contexto. Ao pensar estas questões, torna-se igualmente relevante avaliar as propostas do currículo para o ensino de literatura, uma vez que este reflete a realidade social e molda o rumo da nossa educação. Para tanto, a base de dados para a análise foi composta por entrevistas e questionários respondidos em uma escola estadual do município de Vitória - ES, de modo a pensá-la junto aos conceitos de habilidades e competências previstas no documento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), encaminhado para discussão ao CNE em dezembro de 2017 e homologado pelo MEC em dezembro de 2018. Nesse sentido, buscamos avaliar os contrapontos que envolvem teoria e prática e, com isso, formular estratégias que possam auxiliar no êxito dessas aulas a fim de contribuir para a formação de alunos leitores mais ativos e competentes.
Palavras-chave
Referências
A literatura corresponde a uma necessidade universal que deve ser satisfeita sob pena de mutilar a personalidade, porque pelo fato de dar forma aos sentimentos e à visão do mundo ela nos organiza, nos liberta do caos e portanto nos humaniza. Negar a fruição da Literatura é mutilar a nossa humanidade (CANDIDO, 1995, p. 186).
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua o Plano Nacional de Educação (BNCC, 2017, p. 7).
No sentido de que lemos apenas com os nossos olhos, a leitura é, de fato, um ato solitário, mas a interpretação é um ato solidário. [...] Ler implica troca de sentidos não só entre o escritor e o leitor, mas também com a sociedade onde ambos estão localizados, pois os sentidos são resultado de compartilhamentos de visões do mundo entre os homens no tempo e no espaço (COSSON, 2006, p. 12).
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