Polifonia, Carnavalização e Paródia na “Teoria do medalhão” de Machado de Assis: confronto com Le père goriot, de Balzac

Autores/as

  • Daniela Callipo UNESP

Palabras clave:

conto machadiano, polifonia, carnavalização, paródia, Le Père Goriot

Resumen

Em “Teoria do Medalhão”, escrito por Machado de Assis em 1881, um pai zeloso resolve dar bons conselhos a seu filho que acaba de completar 21 anos. Servindo-se de um discurso pertencente à ideologia oficial do oitocentos; ou seja, aquela instituída pela hegemonia dominante, inclusive na França de Balzac, o pai sugere ao filho que abandone seus ideais, utilizando máscaras e anulando seus pensamentos e gostos, a fim de se tornar um verdadeiro Medalhão. O diálogo que se estabelece entre ambos é permeado de ironia e humor, pois o pai faz um discurso aparentemente sábio, mas que, na realidade, é vazio e tolo, levando a pensar nas noções de paródia e carnavalização de Bakhtin. Além disso, ao construir seu conto em forma de diálogo, Machado de Assis transfere a palavra às personagens, num cruzamento de vozes que leva a pensar em “embriões” de polifonia. Este trabalho visa, portanto, fazer uma leitura bakhtiniana do conto machadiano, contrapondo-o ao romance Le Père Goriot, de Balzac.

Biografía del autor/a

Daniela Callipo, UNESP

Doutora em Literatura Francesa pela Universidade de São Paulo, Professora de Língua e Literatura Francesa na Unesp, Campus de Assis

Publicado

2014-04-02

Número

Sección

Artigos