A OCUPAÇÃO (2019), DE JULIÁN FUKS: UMA PROSA POÉTICA DE CORPOS EM EXÍLIO

Autores/as

  • Sandra Augusto Silva Universidade Estadual de Ponta Grossa

Palabras clave:

A Ocupação, Julián Fuks, Literatura de ocupação, Exílio, Prosa poética

Resumen

Resumo: Julián Fuks, mais uma vez na pele do narrador Sebastián, tido seu alter-ego, permite que sua escrita, que transita entre o real e o ficcional, seja ocupada por vozes de sujeitos refugiados e exilados. O objetivo desta análise é um olhar ao trabalho com os corpos destes sujeitos no romance A Ocupação (2019), tendo em vista que, por meio de uma prosa poética e, sobretudo, de uma construção metonímica, corpos marginalizados experienciam o exílio, o refúgio. Guiando-nos pelo o que Fuks chama de uma literatura de ocupação e também pelos pensamentos sobre o exílio de Edward Said (2003) e Jean Luc Nancy (2001), esta reflexão concluirá que os corpos que ocupam a escrita do autor são também ocupados por uma sede de luta e resistência às injustiças e desigualdades, e enfrentam, o que Mia Couto, mentor de Julián Fuks na residência no Hotel Cambridge pelo Programa Mentors & Protégé, chamou, na carta inclusa no romance, de a “miséria moral e a imbecilidade quotidiana dos mandantes do dia”.

Biografía del autor/a

Sandra Augusto Silva, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Graduação em Letras com habilitação em Língua Portuguesa e Inglesa (2011) e Pós-Graduação em Estudos Contemporâneos em Literatura (2012) pela Universidade Estadual do Norte do Paraná, de Cornélio Procópio, e em Língua Portuguesa, pela Universidade Barão de Mauá(2015). Em 2018, graduada em Serviço Social, pela Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), Cornélio Procópio. Atualmente, mestranda do Programa em Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), e exercício profissional no Insituto Federal do Paraná, Seção Pedagógica e de Assuntos estudantis no cargo de Técnica em Assuntos Educacionais.

Publicado

2022-06-21

Número

Sección

Resenhas