A MÁQUINA DE ESCREVER DE CLARICE LISPECTOR

Andreza Karine Gomes

Resumo


O presente artigo pretende percorrer os escritos de Clarice Lispector através da figura da máquina de escrever. Observa-se que a expressão “ao correr da máquina”, frequente em crônicas e romances de Lispector, prefigura uma forma de escrita onde autora deixa rastros do seu processo. Através dos conceitos de agenciamento maquínico e rizoma desenvolvidos Gilles Deleuze e Félix Guattari sobre a obra de Kafka, ver-se-á de que forma funciona a máquina literária de Clarice: quais as conexões entre crônicas e romances onde a figura da máquina de escrever aparece, como tais agenciamentos levam a escritura de Lispector a um processo de desorganização da linguagem, de desmontagem da própria máquina literária. Este artigo visa também dialogar com as análises críticas de Carlos Mendes de Sousa, Edgar Cézar Nolasco e Sônia Roncador no que suas pesquisas tangem sobre o processo de escrita de Clarice Lispector.

Palavras-chave


Clarice Lispector. Máquina de escrever. Crônicas.

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Referências


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