Da destruição do espaço à memória como "Topografia arruida" em Jesusalém, de Mia Couto, e em O vendedor de passados, de José Eduardo Agualusa

Autores

  • Cristóvão Felisberto Seneta Universidade Pedagógica - Delegação de Maxixe

Palavras-chave:

Espaço. Memória. Identidades. Jesusalém. Vendedor de Passados.

Resumo

O presente artigo discute os procedimentos diegéticos, através dos quais a categoria do espaço, enquanto signo estruturante do universo romanesco, participa no processo de formação das identidades em estreita relação com a memória e o esquecimento. Assim, tomando como objecto de análise os romances Jesusalém, do escritor moçambicano Mia Couto, e O Vendedor de Passados, do romancista angolano José Eduardo Agualusa, considera-se que a retórica de devastação do espaço físico, psicológico e social, que permeia os dois romances, aponta para um empreendimento literário que procura correlacionar o processo rememorativo das personagens com essa geografia em ruínas.

Biografia do Autor

Cristóvão Felisberto Seneta, Universidade Pedagógica - Delegação de Maxixe

Cristóvão Felisberto Seneta. Licenciado em Ensino de Português pela Faculdade de Ciências da Linguagem, Comunicação e Artes da Universidade Pedagógica - Maxixe. Mestredo em Estudos Literários, Culturais e Interartes, e doutorando em Estudos Literários, Culturais e Interartísticos, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Actualmente, docente do Departamento de Português da UP-Maxixe, e coloborador do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa.

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Publicado

2015-05-27

Edição

Seção

Artigos