A perspectiva do inglês como língua franca e suas implicações pedagógicas

Fernanda de Cássia Miranda, Giancarlo Moreira Rodrigues

Resumo


Resumo: As manifestações da língua inglesa na contemporaneidade têm 

As manifestações da língua inglesa na contemporaneidade têm chamado a atenção de estudiosos da Linguística Aplicada tanto no exterior (SEIDHOLFER, 2004, 2005, 2011; JENKINS 2007, 2009, COGO e DEWEY, 2012), quanto no Brasil (BORDINI, GIMENEZ, 2014, GIMENEZ et al, 2015), por abranger situações em diversos contextos comunicativos, por meio de interações ocorridas majoritariamente entre falantes não nativos/bilíngues de diferentes línguas maternas e de bagagens culturais diversas. Tal fenômeno vem sendo chamado de Inglês como Língua Franca (ILF), e convém discutir como essa perspectiva poderia ser direcionada aos materiais didáticos de língua inglesa. Algumas propostas de estudiosos na área (SIQUEIRA, 2012, TOMLINSON e MASUARA, 2013, TAKAHASHI, 2014) sugerem a sensibilização intercultural e o (re)conhecimento de outros usos e variedades da língua inglesa, por exemplo, direcionando o ensino de língua inglesa para a perspectiva do ILF, promovendo uma descentralização das variedades linguísticas de prestígio (norte-americana e britânica) e da cultura do falante nativo dos países do Círculo Interno.


Palavras-chave


Inglês como Língua Franca. Implicações pedagógicas. Livros didáticos. Sensibilização intercultural. Análises e propostas.

Texto completo:

PDF

Referências


BERNS, M. et al. Perspectives on English as a lingua franca. In: HOFFMAN, T.; SIEBERS, L. (Ed.). World englishes: problems, properties and prospects. Amsterdam: John Benjamins, 2009. p. 369-384.

______. English as a lingua franca: a conversation with Margie Berns. In: GIMENEZ, T.; CALVO, L. C. S.; EL KADRI, M. S. (Org.). Inglês como língua franca: ensino-aprendizagem e formação de professores. Campinas: Pontes, 2011. p. 293-303.

BORDINI, M.; GIMENEZ, T. Estudos sobre inglês como lingua franca no Brasil (2005-2012): uma metassíntese qualitativa. Signum: Estudos da Linguagem, v.17, n.1, 2014, p. 10-43.

COGO, A.; DEWEY, M. Analysing English as a Lingua Franca – A Corpus-driven Investigation. London: Continuum, 2012.

DENDRINOS, B. The EFL textbook and ideology. Athens, Greece: Grivas, 1992.

DEWEY, M. Pedagogic Criticality and English as a Lingua Franca. Journal of the Spanish Association of Anglo-American Studies, 36.2, Atlantis, 2014, p. 11-30.

FERGUSON, G. Issues in researching English as a lingua franca: a conceptual enquiry. International Journal of Applied Linguistics, Oslo, v. 19, n. 2, p. 117-135, 2009.

FRIEDRICH, P. M. When Five Words Are Not Enough: A Conceptual and Terminological Discussion of English as a Lingua Franca. International Multilingual Research Journal, 2010, p. 20 -30.

GIMENEZ, T.; EL KADRI, CALVO, L. C. S.; SIQUEIRA, S.; PORFIRIO, L. Inglês como Língua Franca: desenvolvimentos recentes. Revista Brasileira de Línguística Aplicada, Belo Horizonte (no prelo).

GRAY, J. The branding of English and the culture of the New Capitalism: representations of the world of work in English Language textbooks. Applied Linguistics: 31/5: 714–733 _ Oxford University Press, 2010.

JENKINS, J. English as a Lingua Franca: Attitude and Identity. Oxford: Oxford University Press, 2007.

______. English as a lingua franca: interpretations and attitudes. In: HOFFMAN, T.; SIEBERS, L. (Eds). World Englishes – problems, properties and prospects. Amsterdam: John Benjamins, 2009,p. 368-384.

KACHRU, B. B. Standards, codification and sociolinguistic realism: the English language in the outer circle. In: QUIRK, R.; WIDDOWSON, H. (Ed.). English in the world: teaching and learning the language and literatures. Cambridge: Cambridge University Press, 1985. p. 11-30.

LEVINSON, S. Activity types and language. In: DREW, P.; HERITAGE, J. (eds.), Talk at Work: Interaction in Institutional Settings (p. 66–100). Cambridge: Cambridge University Press, 1992.

LITTLEJOHN, A. Language teaching for the future. In: Shaping our Future: Proceedings of the 7th ELI-COS Conference. Sydney, Australia: ELICOS, 2001. Retrieved from www.AndrewLittlejohn.net

______. Language teaching materials and the very (big) picture. Electronic Journal of Foreign Language Teaching, 2012, Vol. 9, Suppl. 1, pp. 283 – 297.

PARK, J. S.; WEE, L. A practice-based critique of English as a lingua franca. World Englishes, Oxford, v. 30, n. 3, p. 360-374, 2011.

PESSOA, R. R. O livro didático na perspectiva da formação de professores. Trab. Ling. Aplic., Campinas, 48(1): 53-69, Jan./Jun. 2009.

PRODOMOU, L. English as cultural action. ELT Journal, Oxford University Press, Oxford, v. 42, n. 2, p. 73-83, Apr. 1988.

RAJAGOPALAN, K. O “World English”- Um fenômeno muito mal compreendido. In: GIMENEZ, T.; CALVO, L.C.S.; EL KADRI, M. S. (Org.). Inglês como língua franca: ensino-aprendizagem e formação de professores. Campinas, SP: Pontes Editores, p. 45-57. 2011.

RITZER, G. The McDonaldization of society. Los Angeles: Sage Publications, 1993.

______. The McDonaldization of society. 20th anniversary edition (7th ed.) Los Angeles: Sage Publications, 2012.

RODRIGUES, D. de S. O tratamento da variação linguísitica em livros didáticos de língua inglesa. 2005. 82 f. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada) – Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, 2005.

SEIDLHOFER, B. Research perspectives on teaching English as a lingua franca. Annual Review of Applied Linguistics, Cambridge, v. 24, p. 209-239, 2004.

______. English as a Lingua Franca. ELT Journal, London, v. 59, n. 4, p. 339-341, 2005.

______. English as a Lingua Franca in the Expanding Circle: what it isn’t. In: RUBDY, R.; SARACENI, M. (Org.). English in the world – Global rules, global roles. Londres: Continuum, 2006. p. 40-50.

______. Understanding English as a lingua franca. Oxford: Ed. OUP, 2011.

SIQUEIRA, S. O papel do professor na desconstrução do “mundo plástico” do livro didático de LE. In: ASSIS-PETERSON, A. A. de; BARROS, S. M. (Org.). Formação crítica de professores de línguas: desejos e possibilidades. São Carlos, SP: Pedro & João Editores, 2010. p. 225 – 253.

______. Se o inglês está no mundo, onde está o mundo nos materiais didáticos de inglês? In: SCHEYERL, D.; SIQUEIRA, S. (Org.). Materiais didáticos para o ensino de línguas na contemporaneidade: contestações e proposições. Salvador: EDUFBA, 2012.

TAKAHASHI, R. An analysis of ELF-oriented features in ELT coursebooks. English Today, 117, United Kingdom, v. 30, n. 1, 2014.

TOMLINSON, B.______. Materials development for language learning and teaching. Language Teaching, vol. 45, 2012. p. 143 – 179.

______.; MASUARA, H. Materials development for language learning: principles of cultural and critical awareness. In: Materiais didáticos para o ensino de língua estrangeira: processos de criação e contextos de uso. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2013.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.


A Revista Clarabóia está cadastrada nos diretórios e indexada nas bases que seguem:

DOAJ  Latindex IBICT  DIADORIM  ERIHPLUS Redib MIAR WorldCat CiteFactor MLA

Licença Creative Commons
Revista Claraboia está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://uenp.edu.br/claraboia