O problema e o cultivo do ser em "Sinfonia em branco"

Ludovico Omar Bernardi

Resumo


Apossar-se do seu “é”, submeter-se à responsabilidade total de sua existência é o que sintetiza a trajetória de buscas de duas irmãs maculadas pela violência sexual doméstica, Clarice e Maria Inês, personagens do romance Sinfonia em branco (2013), de Adriana Lisboa. A obra tem seu tom de afinação no silêncio, no interdito, no segredo, figurando entre as notas que a compõem a cumplicidade de duas irmãs, o amor, o crime, o véu do silêncio que tudo precisa ignorar, o castigo, a frivolidade, os fortes desejos de viver e de viajar para longe de si mesmo para voltar a si puro, perfeito. Isso porque à medida que cada irmã escolhe a si mesma, escolhem-se, e com estas escolhas, escolhem todos os demais de seu entorno. Nesse sentido, objetiva-se, neste artigo, discutir e entender o problema do Ser, que é de vivência. Além disso, visando não esgotá-lo, pretende-se cultivar o Ser, já que pela linguagem torna-se possível, pautado em Heidegger (1927).

Palavras-chave


Ser. Estar-aí. Existencialismo.

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Referências


HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo (1927), Partes I e II, tradução de Marcia Sá Cavalcante Schuback. Petrópolis: Vozes, 2002.

LISBOA, Adriana. Sinfonia em branco. 2ª ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.

MORIN, Edgar. O Homem e a Morte. 2ª ed. Tradução: João Guerreiro Boto e Adelino dos Santos Rodrigues. Portugal: Publicações Europa-América, 1970.

SARTRE. Jean Paul. O existencialismo é um humanismo. Tradução de Rita Correira Guedes. Fonte: L´Existencialism est um Humanisme, Les Éditions Nagel, Paris, 1970.


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