POLÍTICAS CURRICULARES DA EDUCAÇÃO INFANTIL: DISPOSITIVOS DE REGULAÇÃO E AUTONOMIA DOCENTE NO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS
Resumo
O presente artigo aborda questões provenientes de um estudo realizado no âmbito da pós-graduação em educação, tendo como problema mobilizador: quais as possíveis evidencias dos mecanismos de regulação e restrição que os currículos oficialmente estabelecidos em nível nacional exercem sobre os currículos regionais e locais? Para tanto, a partir de uma perspectiva crítica de pesquisa, se vale de uma análise dos documentos orientadores da docência na Educação Infantil (do nível macro ao micro) e entrevistas semiestruturadas com três professoras da Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis (RMEF), no estado de Santa Catarina (Brasil). Nos documentos estudados, embora apresentem avanços históricos, teóricos e metodológicos, emergem aspectos regulatórios voltados para uma certa homogeneização, induzindo a ideais de auto responsabilização individual. Em contraponto, os depoimentos das professoras participantes da pesquisa demonstram que a autonomia docente é construída diariamente e está mais próxima de movimentos coletivos do que do isolamento. Assim, o desenvolvimento potencial da autonomia docente parece estar atrelado aos movimentos autorais e coletivos nas unidades educativas.