EDITORIAL
Resumo
Prezados(as) leitores(as).
A REPPE: Revista de Produtos Educacionais e Pesquisa em Ensino, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Ensino da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), acaba de publicar sua segunda edição do segundo volume, contemplando estudos relevantes acerca de diversos temas da área de Ensino.
No primeiro artigo, Neves et al. apresentam uma proposta de educação continuada como um meio de propiciar assistência os agentes comunitários de saúde, objetivando avaliar os objetos de aprendizagem de uma estratégia de educação continuada, segundo a visão de uma equipe de agentes comunitários de saúde em uma Unidade de Saúde daFamília.
Na sequência, Gonçalves e Allevato apresentam um Produto Educacional resultante de uma pesquisa de mestrado profissional, desenvolvida com o objetivo de elaborar e aplicar uma proposta didática na tentativa de verificar quais contribuições a metodologia de ensino e aprendizagem por meio da Resolução de Problemas promove frente ao conteúdo de Funções.
O terceiro artigo, de Reis e Rodrigues e Silva, descreve um produto educacional que consiste em um caderno que permitirá aos professores da Educação Básica o desenvolvimento de uma oficina pedagógica de produção de textos jornalísticos. Nessa perspectiva, apresentam ainda as contribuições da Cartografia das Controvérsias (CdC) na elaboração deste produto educacional, que se pautou em reportagens sobre a tragédia na cidade de Mariana, Minas Gerais.
No quarto artigo, Rechetzki e Souza relatam que as doenças autoimunes vêm se desencadeando cada vez mais na população. Entendendo que o Ensino de Biologia proporciona os espaços para que os sujeitos possam se apropriar dos conceitos, conteúdos e demais aspectos pertinentes para uma maior compreensão deste assunto, inclusive enquanto controvérsia sociocientífica, esta pesquisa buscou responder à seguinte questão: É possível, no Ensino de Biologia, um estudo sobre as doenças autoimunes enquanto controvérsias sociocientíficas? Para responder a esta indagação, optou-se por uma pesquisa qualitativa, que aconteceu em três etapas: (1) o levantamento da fundamentação teórica acerca das Controvérsias Sociocientíficas e as Doenças Autoimunes; (2) a análise de Livros Didáticos (LD) de Biologia com o intuito de identificar a presença ou não do conteúdo de Doenças Autoimunes; e (3) a elaboração de uma proposta didática com possibilidade para o estudo das Doenças Autoimunes no Ensino Médio.
Arnaud e Malheiro, no artigo cinco, discutem que, nas últimas três décadas, o audiovisual didático vem se consolidando como um importante instrumento pedagógico para o ensino de Ciências, sendo potencializado quando aliado às novas metodologias, como a Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP). A pesquisa teve como objetivo identificar as características da ABP e avaliar os aspectos técnico-estéticos e pedagógicos presentes no audiovisual produzido em um Curso de Férias em Mãe do Rio (PA).
No artigo sexto, Leite e Olenka relatam a utilização de uma metodologia baseada na Aprendizagem Significativa, propondo uma sequência didática baseada na utilização de atividades experimentais sobre óptica geométrica. Diante dessa concepção, o objetivo geral foi construir uma metodologia que valorize os conhecimentos prévios dos alunos de forma individual e em grupo, como também ajudar os professores a desenvolverem uma metodologia mais dinâmica e participativa para trabalhar o conteúdo de lentes esféricas.
Na sequência, no sétimo artigo, Almeida, Volpe e Frasson propõem uma análise dos objetos de aprendizagem para a educação de surdos inclusos no ensino regular, os quais devem intervir na aprendizagem do aluno para proporcionar facilidade no processo de construção no seu ambiente escolar e assim, resultar em uma fonte positiva em seu desenvolvimento.
Finalmente, na sequência, Corrêa, Arruda e Passos apresentamos resultados de parte de uma investigação que teve por intuito mapear as percepções de estudantes de Ensino Médio com relação à própria aprendizagem e aos elementos que nela influenciam. Os dados foram coletados por meio de registros realizados por esses estudantes na forma de mapas de conceitos, que passaram por uma análise segundo algumas categorias assumidas a priori– os Focos da Aprendizagem Científica.
Assim, diante dessa gama de possibilidades, desejamos que este número da REPPE promova inquietações e reflexões acerca dos temas propostos para o Ensino.
Boa leitura!
Cornélio Procópio (PR), 19 de dezembro de 2018.