O ESPAÇO NA CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS NO FILME PARASITA
CONSIDERAÇÕES ENTRE O PLANO DO CONTEÚDO E O PLANO DA EXPRESSÃO
Resumo
Este trabalho apresenta uma proposta de análise para o filme Parasita. O recorte compreende as imagens de cenas que compõem a construção dos espaços em que vivem os dois principais núcleos familiares desse texto fílmico: os Kim (pobres) e os Park (ricos). Tendo como base teórica principal a semiótica discursiva, recorre-se sobretudo às escolhas realizadas na semântica do nível discursivo e na relação entre o nível fundamental do plano do conteúdo e o plano da expressão. Além disso, conta-se com contribuições de conceitos da linguagem cinematográfica que ajudam na compreensão das estratégias utilizadas para a composição do todo de sentido. As análises revelam que os ambientes espelham as formas de vida das famílias envolvidas na narrativa, consequentemente, marcam a desigualdade social colocada em discussão pelo longa-metragem. Espera-se destacar a importância do trabalho com a leitura de filmes atenta às escolhas que direcionam o percurso de leitura, revelam posicionamentos ideológicos sobre os temas abordados.