Aborrescências, crises e #likes: as faces da literatura juvenil brasileira na contemporaneidade digital
Resumo
Este artigo sugere a discussão acerca das interfaces dialógicas entre Literatura Juvenil e Internet, preconizando como cenário o contexto da contemporaneidade, demarcada pela presença das novas tecnologias digitais, e acima de tudo, da Internet enquanto veículo que possibilitara aos jovens internautas, agora também aspirantes a escritores, transfigurar não apenas a Literatura Juvenil produzida em solo nacional; sobretudo, a dinâmica inerente ao mercado editorial, cativo às práticas de escrita literária ocorridas em plataformas virtuais de autopublicação, como Wattpad, ou a manufatura de conteúdos digitais cogitados para blogs, canais do YouTube e outras redes sociais do gênero. Diante disto, o debate sobre a adolescência nativa digital, o espaço de fala de alguns poucos jovens, bem como os retratos de uma produção literária culturalmente saturada (MOSER, 1999), será embasado nos contributos teóricos de Contardo Calligaris (2000), Marc Prensky (2001), Stuart Hall (2006), Gayatri Spivak (2010), entre outros. Isto, pois, irá nos auxiliar de modo que nos tornemos capazes de (res)significar a Literatura Juvenil Brasileira em meio às crises que enfrenta em busca por identidade(s) em tempos contemporâneos de #likes.
Palavras-chave: Literatura juvenil. Internet. Jovens nativos digitais. Contemporaneidade.