A ecologia de saberes e a escola como espaço de pluralidade de saberes e culturas

Autores

  • Fernando da Silva Pardo Universidade de São Paulo

Palavras-chave:

Ensino de língua inglesa

Resumo

Neste artigo discutiremos os conceitos de “pensamento ortopédico”, “a douta ignorância” e a “ecologia de saberes” (SOUSA SANTOS, 2010), com o objetivo de analisar quais contribuições tais teorias apresentam para a Educação, sobretudo no ensino da língua inglesa, de forma que se considere diferentes formas de construção de sentido (KRESS, 2003), (Lankshear & Knobel, 2003), (GEE, 2004) em contextos de salas de aula pluriculturais e heterogêneas. Partindo deste pressuposto, através de uma perspectiva freiriana e ecoando os princípios do Letramento Crítico, discutiremos o papel da diversidade de saberes dos educandos como protagonistas do processo de ensino e aprendizagem de língua estrangeira, bem como suas habilidades, contextos, culturas, linguagens, conhecimentos e leitura de mundo, aspectos estes que denotam diferentes percepções da realidade, as quais muitas vezes passam despercebidas ou são ignoradas nos livros didáticos devido às condições de (re)produção de significados e narrativas, mantendo-se, então, a ordem política existente, o que resultaria no que Biesta (2011) define como a domesticação do cidadão. Abordaremos, sobretudo, as questões relacionadas ao caráter heterogêneo, ao multiculturalismo e à pluralidade de saberes dos alunos como alternativa ao “epistemicídio (SOUSA SANTOS, 2010) de saberes e culturas.

 

Biografia do Autor

Fernando da Silva Pardo, Universidade de São Paulo

Docente no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, campus Cubatão. Mestrando pelo departamento de Letras Modernas no programa de Estudos Linguísticos e Literários em Inglês da Universidade de São Paulo (USP). Linha de Pesquisa: Letramentos/ Multimodalidades e Ensino Crítico da Língua Inglesa.

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Publicado

2015-07-18

Edição

Seção

Artigos