A ecologia de saberes e a escola como espaço de pluralidade de saberes e culturas
Palabras clave:
Ensino de língua inglesaResumen
Neste artigo discutiremos os conceitos de “pensamento ortopédico”, “a douta ignorância” e a “ecologia de saberes” (SOUSA SANTOS, 2010), com o objetivo de analisar quais contribuições tais teorias apresentam para a Educação, sobretudo no ensino da língua inglesa, de forma que se considere diferentes formas de construção de sentido (KRESS, 2003), (Lankshear & Knobel, 2003), (GEE, 2004) em contextos de salas de aula pluriculturais e heterogêneas. Partindo deste pressuposto, através de uma perspectiva freiriana e ecoando os princípios do Letramento Crítico, discutiremos o papel da diversidade de saberes dos educandos como protagonistas do processo de ensino e aprendizagem de língua estrangeira, bem como suas habilidades, contextos, culturas, linguagens, conhecimentos e leitura de mundo, aspectos estes que denotam diferentes percepções da realidade, as quais muitas vezes passam despercebidas ou são ignoradas nos livros didáticos devido às condições de (re)produção de significados e narrativas, mantendo-se, então, a ordem política existente, o que resultaria no que Biesta (2011) define como a domesticação do cidadão. Abordaremos, sobretudo, as questões relacionadas ao caráter heterogêneo, ao multiculturalismo e à pluralidade de saberes dos alunos como alternativa ao “epistemicídio” (SOUSA SANTOS, 2010) de saberes e culturas.