Mímicos e suas mímicas em Machado, de Silviano Santiago

Autores/as

  • Augustto Cipriani Independente

Resumen

Em Machado, de Silviano Santiago, chama a atenção a mudança operada em um dos mais conhecidos epítetos de Machado de Assis: sai de cena o bruxo e toma seu lugar o “mímico do Cosme Velho”. Tal operação não só se repete diversas vezes no curso do livro como também motiva uma nova leitura de Santiago sobre a vida e a obra de Machado, que se inscreve em seu livro publicado em 2016. Voltado aos últimos anos de vida de Machado de Assis, o livro de Santiago é uma longa jornada pelas vidas de seus personagens principais e pelos diversos gêneros textuais que o compõem: a extensa pesquisa biográfica e histórica de Silviano Santiago se alia à sua leitura de Machado de Assis, além dos momentos de narrativa que beira o romanesco. Neste estudo, procuro mapear os modos com que a noção de mímica permeia Machado e propõe novas abordagens ao grande mestre das letras nacionais. A mímica, por fim, apresenta-se como mote da leitura de Santiago sobre Machado, perpassando as relações históricas e fictícias apresentadas no romance e o lugar de ambos os escritores com seus modelos literários e culturais.

Publicado

2024-07-02