A autobiografia brasileira entre o desejo e a repulsa: os casos de Oswald de Andrade e Manuel Bandeira
Palabras clave:
Autobiografia, Literatura brasileira, Oswald de Andrade, Manuel BandeiraResumen
O objetivo do presente artigo é realizar uma leitura em contraponto de duas autobiografias brasileiras, ambas publicadas em 1954, o Itinerário de Pasárgada, de Manuel Bandeira, e Um homem sem profissão; memórias e confissões; sob as ordens de mamãe, de Oswald de Andrade. As principais questões levantadas para comparar os dois textos dizem respeito ao modo como os autobiógrafos buscam insistentemente negar a intenção de escreverem suas narrativas, o que é lido como um índice de precaução contra possíveis acusações de narcisismo, a maneira como cada um vai moldar o relato de sua própria vida de modo a confirmar uma imagem preexistente de suas personalidades e, finalmente, como vão colocar em relação a escrita autobiográfica com suas obras pregressas.