Gótico imperialista e gótico colonialista: colonialismo, alteridade e (des)construção identitária no romance A ilha maldita
Palabras clave:
Literatura Gótica, Colonialismo, Literatura Brasileira, Bernardo GuimarãesResumen
Objetivamos uma leitura crítica do romance A ilha maldita, publicado incialmente em 1879, do escritor Bernardo Guimarães (1825-1884), a partir das teorias colonialistas, uma vez que estas teorias possibilitam a exposição de temas sociais, políticos e econômicos que marcaram profundamente a formação de nosso país em um período muito crítico: o fim do colonialismo e o início do processo de industrialização. Ainda mais contundente torna-se essa leitura ao trazermos uma obra que tematiza elementos muito próprios da escrita gótica imperialista produzida por autores ingleses e norte-americanos. Este trabalho se justifica pelo fato de que a literatura produzida por um autor como Bernardo Guimarães, tido por muitos críticos como escritor regionalista, pode se firmar como meio não apenas para entendermos os rumos da Literatura Brasileira e da postura das elites em relação à constituição nacional, mas também como meio de se pesquisar a manifestação do do gótico local em diálogo com a tradição gótica europeia. O referencial teórico pauta-se em estudos que versam sobre o gótico imperialista, especificamente os estudos de Patrick Brantlinger (2013).