Maria Mutema, a pedra no caminho da ideologia patriarcal: modelos simbólicos e relações de poder no Grande Sertão: Veredas

Autores/as

  • Fernanda de Andrade Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP-Assis/Doutoranda na linha de pesquisa Literatura e bolsista CAPES.
  • Ester Myriam Rojas Osorio Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho-Assis/Professora assistente doutora no departamento de Línguas Modernas e Professora credenciada na Pós-graduação em Letras da UNESP-Assis.

Palabras clave:

Modelos simbólicos, Ideologia patriarcal, Transgressão, Gênero, Maria Mutema.

Resumen

Este artigo tem a finalidade de analisar as transgressões ideológicas da personagem Maria Mutema, protagonista de um dos episódios mais intrigantes do romance Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa. A proposta é ler os atos e crimes da mulher como símbolos de subversão ao poder patriarcal, o que está alegorizado no assassinato do marido, do padre, nas concepções do narrador jagunço, nos embustes e na perturbadora confissão pública durante o rito católico. Para tanto, investigou-se as parcas possibilidades da condição feminina diante de rígidos modelos impostos pela moral religiosa e sexista do sertão mineiro refratado. Averiguou-se que o escritor matiza a identidade da mulher diferenciada com mitos universais de insubmissão, como Maria Madalena e Lilith, oferecendo uma tenaz leitura histórica das relações de gênero. Com base nessas questões, o estudo buscou as respostas nos aportes teóricos de Geertz (2008) e de Bourdieu (2005), entre outros, que interrogam as fontes simbólicas da cultura e suas eficazes formas de transmitir ideologias.

Biografía del autor/a

Fernanda de Andrade, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP-Assis/Doutoranda na linha de pesquisa Literatura e bolsista CAPES.

Doutoranda pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP campus de Assis, na linha de pesquisa Literatura e bolsista CAPES. Mestre em Estudos Literários pela Universidade Estadual de Maringá, UEM.

Ester Myriam Rojas Osorio, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho-Assis/Professora assistente doutora no departamento de Línguas Modernas e Professora credenciada na Pós-graduação em Letras da UNESP-Assis.

Pós-doutorada em Lingüística Aplicada pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e professora assistente doutora da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho no departamento de Línguas Modernas. Professora credenciada na Pós-graduação em Letras da UNESP/Assis.

Publicado

2016-05-12

Número

Sección

Artigos