O americano tranquilo e O prisioneiro: engajamento na literatura
Parole chiave:
Literatura e política, EngajamentoAbstract
O artigo propõe uma análise dos romances O americano tranquilo (1955), de Graham Greene, e O prisioneiro (1967), de Erico Verissimo. As obras têm como cenário comum guerras de caráter colonial na Indochina e apresentam discussões sobre engajamento político dos personagens. Para definir os termos em que se pensa a questão do engajamento no artigo, utiliza-se como referência teorizações de Jean-Paul Sartre e Theodor Adorno. A partir da análise desta questão como motor dos enredos, percebe-se que as possibilidades de engajamento, em especial opções violentas, são vistas com certo ceticismo e desconfiança nos romances, mas é valorizada a disposição de denúncia dos mecanismos de opressão em um mundo controlado.