Leitura de significantes
Palavras-chave:
Significante, Jacques Lacan, James Joyce, Haroldo de Campos, Paulo LeminskiResumo
Ao reler a teoria saussuriana do signo, o psicanalista francês Jacques Lacan estabelece a instância do significante como autônoma, sendo que o que seria o “significado”, Lacan considera como “efeitos de significante”. Esse deslocamento permite constituir uma leitura não dos significados, como de imediato se espera, mas, sim, das cadeias significantes, validando a atribuição de significados distintos para o que se tem de enunciado. A partir da releitura lacaniana da teoria do signo, é possível formular um modo de leitura aplicável a determinados estilos de escrita literária, cujo enfoque recai na instância do significante. Nesse sentido, aplicar-se-á essa hipótese em análises de excertos de obras como Finnegans Wake, de James Joyce, Galáxias, de Haroldo de Campos, e alguns poemas de Paulo Leminski.