METODOLOGIA ATIVA DE ENSINO EM CENÁRIO AMAZÔNICO: O ESTUDO DE CASO DO BOTO

Autores

  • Layane Joyce Rosa Maia Parente Universidade Federal do Pará
  • Nadia Magalhães da Silva Freitas Universidade Federal do Pará
  • Isabel Cristina França dos Santos Rodrigues Universidade Federal do Pará

Resumo

O presente trabalho relata o processo de construção de um estudo de caso de ensino, um produto educacional, baseado em narrativas reais no contexto amazônico, precisamente do município de Mocajuba, estado do Pará, a respeito do boto-rosa. O estudo de caso é uma metodologia ativa que busca, na sua implementação, a autonomia do aluno para avançar no processo de aprendizagem. Nessa metodologia, é apresentada ao aluno uma narrativa, chamada de caso, que pode ser oriundo de situações reais ou fictícias (mas verossímeis). Para construir o caso, realizamos entrevistas semiestruturadas com os moradores do município em questão para levantar seus conhecimentos e percepções relativas aos botos. Esses botos encontram-se em vulnerabilidade devido ao uso de órgãos e de tecidos para fins medicinais e místico-religiosos, à retaliação dos pescadores e à caça ao animal. Como resultado, foi construído um estudo de caso, relacionando as percepções da comunidade a respeito da espécie, aliado aos parâmetros da Base Nacional Comum Curricular para o 9° ano do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. O caso intitulado “O julgamento do boto” foi utilizado como estratégia para suscitar discussões e posicionamentos críticos sobre as problemáticas que envolvem esses animais, a saber: a lenda do boto e seus desdobramentos, a busca por órgãos e tecidos, os impactos do turismo desordenado, o boto e a pesca, bem como o trabalho dos pesquisadores, a classificação biológica e taxonômica e o processo evolutivo. A partir disso, podemos ampliar os caminhos para a conservação da espécie e para o ensino de Ciências.

Biografia do Autor

Layane Joyce Rosa Maia Parente, Universidade Federal do Pará

Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará. Mestra em Docência em Educação em Ciências e Matemáticas, pelo Programa de Pós Graduação em Docência (PPGDOC) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Atualmente é pesquisadora do Grupo de Biologia e Conservação de Mamíferos Aquáticos da Amazônia (BioMA).

Nadia Magalhães da Silva Freitas, Universidade Federal do Pará

Doutora em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido - Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, da Universidade Federal do Pará (2008). Atualmente é professora no Instituto de Educação Matemática e Científica (IEMCI) e no Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemáticas da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Isabel Cristina França dos Santos Rodrigues, Universidade Federal do Pará

Doutora em Educação pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Atualmente, é Professora no Instituto de Educação Matemática e Científica (IEMCI) e no Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL), no Mestrado Profissional em Letras (ProfLetras) e no Programa de Pós-Graduação em Docência em Educação em Ciências e Matemática (PPGDOC) da Universidade Federal do Pará (UFPA).

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Publicado

2023-06-29

Edição

Seção

Produtos Educacionais