SABERES MARGINAIS, FRONTEIRAS EPISTÊMICAS, (DES)COLONIZAÇÃO INTELECTUAL: reflexões para além do sistema mundial colonial/moderno
DOI:
https://doi.org/10.35356/argumenta.v0i19.349Palavras-chave:
saberes marginais, saber hegemônico, (des)colonização intelectual.Resumo
O presente trabalho propõe uma reflexão crítica, a partir do conceito de colonialidade, de transmodernidade, de pensamento fronteiriço, abordando que saberes considerados subalternos têm potencial epistemológico e podem ensejar reflexões importantes partindo de outros pontos de vista, de outros nortes que não os hegemônicos. A produção do conhecimento está arraigada ao imaginário marcado pela colonização intelectual eurocêntrica cujo valor universal é incontestado pelos pensadores. Nesse contexto, o pensamento único ocidental monopoliza a leitura da realidade e, nesse viés, mesmo os autores críticos compartilham da visão unicista, reducionista, atrelada a determinados lugares, culturas, línguas aceitos pelo saber hegemônico. Se as teorias são feitas a partir das margens do sistema moderno/colonial sequer são consideradas. Os saberes marginais têm potencial epistemológico e, se revelados e relevados, podem ocasionar a expansão das fronteiras epistêmicas e permitir a libertação das correntes que amarram a busca do conhecimento a saberes sempre traduzidos, contados, repetidos, possibilitando a descolonização intelectual.