“O CONTO DA AIA”: A REPRESENTAÇÃO DA INSTRUMENTALIZAÇÃO DO CORPO E O DEBATE SOBRE OS ESPAÇOS PÚBLICO E PRIVADO DA MULHER
DOI:
https://doi.org/10.35356/argumenta.v0i31.1766Abstract
Este trabalho pretende relacionar a história narrada pela escritora Margaret Atwood, em 1985, na obra, de caráter distópico, denominada O Conto da Aia com o debate sobre o papel da mulher nos espaços público e privado e sobre instrumentalização do corpo da mulher ao longo da história.
Em o “O Conto da Aia”, a escritora narra a história de Offred, uma mulher de 33 anos, que foi destinada a servir como Aia na casa de um comandante de alto escalão do exército e de sua esposa, na República de Gilead. Num futuro não muito distante, os Estados Unidos da América não existe mais como o conhecemos e é controlado por uma sociedade religiosa e patriarcal, que rompeu com a Constituição do Estado, tomou o poder e passou a dominar todos os seus indivíduos nessa nova República de Gilead.
Esse novo e rígido sistema social mostra-se desesperador principalmente para suas mulheres, já que, com a drástica queda da fertilidade humana, toda mulher em idade fértil ou que já teve filho ficou sujeita à manutenção do sistema, mediante a procriação.