NECROPOLÍTICA TRANS: o gênero, cor e raça das LGBTI que morrem no Brasil são definidos pelo racismo de Estado

Autores

  • Rainer Bomfim
  • Victória Taglialegna Salles
  • Alexandre Gustavo Melo Franco de Moraes Bahia

DOI:

https://doi.org/10.35356/argumenta.v0i31.1727

Resumo

Sob a perspectiva da necropolítica de Achille Mbembe pretende-se, por meio da pesquisa crítico-metodológica, demonstrar como o racismo de Estado, conceituado por Michel Foucault, age sobre as travestis e mulheres trans, especialmente negras, que são tidas como corpos que não importam ou corpos feitos para morrer. Para isso, trabalha-se com o conceito de Necropolítica, apresentando como as políticas de Estado atuam diretamente sobre as travestis e as mulheres trans negras, de modo a determinar quem irá viver e quem irá morrer. Essa população é interpelada negativamente por aquela prática, de tal forma que a necropolítica se manifesta com a morte delas. Dessa maneira, o trabalho justifica-se pelo crescente número de assassinatos e crueldades praticados de forma institucional diante do estigma das travestis e mulheres trans negras. Por fim, conclui-se pela existência de um racismo de Estado, que é articulado com a formação do Estado-nação frente às pessoas trans.

Biografia do Autor

Rainer Bomfim

Mestrando em Direito pela UFOP.

Victória Taglialegna Salles

Mestranda em Direito pela UFOP. Bolsista CAPES.

Alexandre Gustavo Melo Franco de Moraes Bahia

Doutor em Direito pela UFMG. Professor Adjunto na UFOP e IBMEC-BH. Professor do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFOP.

Downloads

Publicado

27-02-2020

Como Citar

Bomfim, R., Salles, V. T., & Bahia, A. G. M. F. de M. (2020). NECROPOLÍTICA TRANS: o gênero, cor e raça das LGBTI que morrem no Brasil são definidos pelo racismo de Estado. Argumenta Journal Law, (31), 153–170. https://doi.org/10.35356/argumenta.v0i31.1727

Edição

Seção

Artigos